Homens - Eles existem
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Mulheres - Sem elas, neste caso, eles, definitivamente não existiriam
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Atacados por uma carência sem fim, eles saem às ruas farejando perfumes, caçando olhares de relance, admirando o balanço das ancas alheias; emitem palavras rapidamente, susurrando. Pobres homens...
Elas (as mulheres) seguem à espera de um milagre.
Os homens buscam num segundo e (pior!) acreditam que num segundo serão capazes d, num piscar d olhos, arrastar a presa pelos cabelos.
Apesar dos pesares esses homens são corajosos. E digo mais: não possuem o mínimo de complexo d inferioridade, ou então, decididamente não sabem o q é espelho. Ahhhh! Esqueci q no tempo das 'pedras' o espelho ainda não existia. Como podem então, ainda hoje, olharem p si ? Daí a origem da expressão regional 'cabra macho'.
Há os mais a frente do seu tempo. Pode-se associar aos que descobriram o fogo. Imagino o homo-gurilão cruzando as cavernas e as mulheres suspirando, exclamando:
-Nooooossa meninas ! Olha só, ele possui uma tocha d fogo !
Atualmente os nossos trogloditas urbanos substituíram o fogo e posteriormente a roda, por outras coisas q também incendeiam aos olhos de mulheres urbanas cavernosas: a carteira, o celular e o carro. Misturando tudo tem-se:
1) O encantador de alcoolatras - Homens q festejam o recebimento do salário em barzinhos, abrindo a carteira temporariamente rechonchuda para atrair mulheres com mta sede;
2) O gringo bobão - Bem engracado o tipo. Sem esperanças d encontrar um amor verdadeiro e com uma vontade imensa d ter um filho moreninho, ele cruza os mares para encontrar a pretendente (geralmente louca por um visto e por uma boa mesada); resolve tudo em uma semana d sol. Após 1 mês encontra-se "despenado", sozinho e triste na sua terra natal.
3- O metido a empresário - Entra todo empacotado no busão, a camisa com a área dos sovacos molhadas de suor; fala alto, muuuito alto; quanto aos gestos, assemelha-se a um maestro. Passagem triunfal pela catraca! Mulheres cavernosas a postos observam:
a) a marca do aparelho (depende dela a veracidade da posição social do macho, digo, do homem);
b) o sotaque sulista (tiro e queda; as fêmeas, digo, as mulheres, simplesmente adoooooram).
4- Pinto Pequeno - Tal denominação parte seguinte preceito: um macho, digo (perdãão!!), um cidadão q se passa a fazer pegas nas esquinas, fica acionando o alarme para despertar a atenção de quem passa na calçada, buzinando e dando psiu!, perguntando se quer carona... Bem, só pode tá querendo fazer do automóvel a projeção material do pinto, que, portanto, é pequeno (OBS: Pelas evidências, não que eu tenha visto o pinto d alguém q buzinou p mim kkkkkkk)
É, caro(a) leitor(a)...
Sei que vc deve estar se identificando com o texto, seja como troglodita humano, mulher cavernosa, ou mesmo como observador, partícipe dessa verdadeira comédia do cotidiano.
Homens decaptando mulheres com os olhos... Deixam rolar as cabelas (afinal, p q cabeça? kkkkk)... Focam nas regiões baixas, onde se tem tudo e depois não se tem nada.
As mulheres, por sua vez, deixam as cabeças rolarem. Após os fatos concebidos ficam tentando lembrar onde deixaram a cabeça... Na fossa do bar, juntamente com as mijadas de cerveja? Ou no motel, dentro da bandeja que abrigava a porção de camarão, arroz e batatas fritas ?
Vossa cabeça, homem, Vossa cabeça, mulher ainda encontra-se láááááá na antiga caverna; Onde de lá saiu, mas todos os dias teima em voltar.
Nota da autora:
Texto sem generalizações!!! Aborda fatos isolados, porém frequentes em nosso cotidiano.
O texto acima pode servir como fonte de auto avaliação diária.
Pergunte-se: Sou ou hajo tal qual um troglodita humano?
Bem, no mais, qualquer semelhança com seu dia a dia ou de outrem é mera coincidência.
Marcela Silva